Pedaços de Histórias - I
O Bolo
Mas a coragem faltou.
***
Descanso
Nada mais poderia impedi-lo. Jogou fora o celular, as roupas, tudo que lembrasse que ele era ele, até o próprio corpo. Nunca havia juntado um sentimento tão grande de liberdade, e o contraditório é que, como nunca, sentia-se ele mesmo. Ainda não escolheu destino, talvez a mente de uma criança por perto, ou uma ave distante pra conhecer novas formas de vida. O que importa é partir logo. Um pouco de concentração, novas idéias, whisky na bagagem para qualquer emergência. Há anos ele estava tentando tirar férias dele mesmo.
***
Crescimento
Está amadurecendo aos poucos. Aprendendo. Largando a fase adulta e chegando a juventude. Esforçado, cria metas e calcula o resultado. E sabe que irá conseguir, mesmo que demore a vida inteira para alcançar. É preciso muito para se chegar a infância.
***
A Organização
Não foi fácil marcar o encontro. Não há meios de comunicação que sirvam a este tipo, e nem sempre por nome de gente podem ser identificados. Usaram um pouco de criatividade, mensagens por pedaços de sonhos e nuvens frescas em dia de outono. Mas lá estavam, organizados atrás de um arco-íris, algumas jujubas e chocolates para acompanhar a reunião. Queriam direitos, idéias. Deve haver uma maneira de espantar tanta solidão e esquecimento.
Todo amigo imaginário se sente só depois as crianças crescem.
Não foi fácil marcar o encontro. Não há meios de comunicação que sirvam a este tipo, e nem sempre por nome de gente podem ser identificados. Usaram um pouco de criatividade, mensagens por pedaços de sonhos e nuvens frescas em dia de outono. Mas lá estavam, organizados atrás de um arco-íris, algumas jujubas e chocolates para acompanhar a reunião. Queriam direitos, idéias. Deve haver uma maneira de espantar tanta solidão e esquecimento.
Todo amigo imaginário se sente só depois as crianças crescem.
Marcadores: mini contos, mini contos cotidianos, pequenos textos, textos poeticos
21 Comentários:
Fernando,
acabou de postar e eu já aqui...aguardando ansiosamente.E valeu a pena,querido.Simplesmente forte,fortemente simples....sem paradoxo!rsrssr..adoro a paixão que vc escreve.Sempre mais crescimento e ilumininação.Parabéns!
beijos da Lady Vania.
Eu fiquei aqui imaginando a reunião dos amigos imaginarios...
"Jogou fora o celular, as roupas, tudo que lembrasse que ele era ele, até o próprio corpo."
Muito interessante essa passagem de sair de si mesmo.
Passei um tempinho sem passar por aqui, né.. até perdi um texto! Mas vou lá!
Abraço!
Sair fora de si,marcar encontros aos quais não vamos,viver a vida a cada dia, gota a gota comos e fora um suco delicioso e louco!Ah! A vida nas letras de um poeta parece sempre tão mágica que eu em esqueço das segunda-feiras!Beijo meu.
Vejo que ñ fui so eu q gostei do DESCANÇO, hahaha
tirar ferias de tudo é de todos parece perfeito.
belissimos poemas.
iluminaram meu dia
bjus
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Meu aplauso!
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Oi Fê!!!!
Já havia visto seu recado lá no On My Mind, mas não queria responder sem antes atualizar. Tô de volta!!!! Com mais inspiração. Quando quiser passa por lá. Beijos.
Eu me senti leve como pluma, lendo essas belezas suas.
Que reunião mais perfeita!
beijos, boa semana.
Eu gostei mais do Descanso!
Libertar-se de sí mesmo. Gostei dessa idéia.
Obrigada pela visita ao Oncotô, volte sempre.
Beijos
Se despir de si não é tarefa fácil, mas é uma grata surpresa se ver sem marcas, sem referências, lindo texto...
Grata por sua visita!
Fernando, estou viciado em seu blogue. Tudo aqui e muito encantador, li muitos textos de ontem para hoje e acho que ainda vou continuar lendo por muito tempo. Parabéns pelo belo trabalho, camarada!
Ahhhhh Fernando, não sei dizer de qual gostei mais pq amo os seus textos.
Beijinhosssss
Levamos a construir o crescimento, com ele vem o preconceito, a máscara, os anos deixando-nos reféns de uma série de elos, de "bem parecer"
"Está amadurecendo aos poucos. Aprendendo. Largando a fase adulta e chegando a juventude. É preciso muito para se chegar a infância."
"Está amadurecendo aos poucos. Aprendendo."
"É preciso muito para se chegar a infância."
é... faz depois falta voltar a acreditar, a sonhar, a ser genuíno.
Grata por mais uma visita.
Que maravilha, Fernando! Cada enredo é composto hermeticamente, conciso. Prova de que não são necessárias muitas linhas para construir histórias inteligentes e sagazes. Há braços!
Antônio Alves
No Passeio Público
Postagens às quartas e domingos
É....a infância chega tarde...
:)
Beijos...
Um mais belo que o outro!
Nada como descobrir que ser criança é uma grande virtude!
E nada melhor do que perceber que seus textos amadurecem cada vez mais e que continua jogando inocentemente as palavras em cada coração blogueiro...
Abração do fã
eu vago pelo vago e vasto mundo da internet,e brusco na busca de coisas como as que vc faz. encontro uma virgula que vira ponto e virgula e vira ponto e final.
é praseroso quando se le algo genuino!
sempre me disserão que eu escrevia muito bem mas agora vejo que apenas estou engatinhando!
Fernando,
Que lindo! Você achou o pó de pirlimpipim, encontrou a chave do segredo no seu texto que é pura magia - Crescimento. É preciso muito mesmo para se chegar a infância - mas escrevendo sem vergonha de se mostrar já é um atalho para encurtar este caminho.
Beijos de Marta Cantalice.
Me impresta um pouco da sua criatividade? :)
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