domingo, outubro 11, 2009

O Paraíso



O dia amanhece escutando música. Ele mal conseguiu dormir, mesmo assim acorda renovado, como nunca antes. Ela finge que não dá bola, mas deixa escapar  o riso que não conseguiu disfarçar quando ele chegou perto. Eles se protegem, mas se denunciam. Mas não é o tipo de denuncia que condena ou aprisiona, ao contrário: liberta. Se ela sente o mesmo, ainda é uma dúvida, ele calcula. Alguns podem dizer, mas será dúvida. E mais sincero assim: na incerteza. Eles nunca irão adivinhar. Ele pode lhe dizer algo em um mometo-qualquer-semi-planejado, ela percebe. Mas não liga se não disser nada, contenta-se com a espera. Eles consentem. Os minutos não passam, o filme que muda de cena. Ela volta nos melhores momentos: a canção. A vida não acaba, apenas a história. O telespectador não cansa de repetir.








Se eu pudesse escolher para onde ir depois da morte, me transformaria em uma trilha sonora, me enviaria para o cinema, num destes filmes juvenis, onde a conquista é a maior preocupação da existência, a felicidade é besta, a repetição agrada, o choro é mais belo do que triste, os personagens permanecem jovens para sempre. E se um por algum motivo, um dia, por um incidente, sentisse que a história acabou, simplesmente voltaria para o ínicio, e faria tudo acontecer novamente. O paraíso é  um eterno filme de paixão adolescente. 



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6 Comentários:

Anonymous Danii disse...

Sem Comentários...

domingo, 11 de outubro de 2009 às 18:41:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

Dizer o quê? Lindo!

Jess&ca

domingo, 11 de outubro de 2009 às 18:59:00 BRT  
Blogger Bia Rocha disse...

Profundo...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009 às 23:29:00 BRT  
Anonymous Alessandra disse...

Intenso

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012 às 13:12:00 BRST  
Anonymous Anônimo disse...

estou sem palavras... dixer oq?
simsero e profumdo

quarta-feira, 25 de abril de 2012 às 16:27:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

comcordo com vc

quarta-feira, 25 de abril de 2012 às 16:29:00 BRT  

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