quinta-feira, outubro 01, 2009

Pequenos Poemas - VI



O Órfão




Quando escrevo
não sei onde chegar.
Percebo o ponto
ao ultrapassa-lo.
O excesso me equilibra.





Reflito-me nos


espaços vazios


entre os poemas.
Nunca nos versos.


Invejo a ausência,
somente o vazio não tem um dono.
O resto é criação de alguém.


Incansável,
procuro pelas palavras
que me inventaram.
Sou órfão de letras.


Desconfio da expressão correta,
do poema exato.
A escrita engana,
inexiste palavra verdadeira.


Como encontrar uma copia fiel?
Como imitar com perfeição?


Tudo que escrevemos e falamos
é imitação.
Só o silêncio é original.






Ps: este poema está em minha comunidade do orkut, foi escrito em Agosto de 2006 e postado novamente neste blog



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24 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Olá Fernando...

Puxa, você não imagina como fico feliz com a sua volta. Gosto muito de ler o que você escreve.

Obrigado pela visita.

Abraços e força sempre!

sexta-feira, 15 de setembro de 2006 às 17:56:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

Eita! Este rapaz está evoluindo tanto na poesia que daqui a pouco vira um ex-man, de tanta evolução! Quero ver o dia em que vou ler esses poemas impressos, hein? beijos!

sexta-feira, 15 de setembro de 2006 às 20:11:00 BRT  
Blogger Segunda Pele disse...

é o no silêncio que vem à tona o que nos falta na voz.

Muito bom o que vc escreve!

sábado, 16 de setembro de 2006 às 08:29:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

Sou poema traduz a umas busca não só tua, mas de todos os poeta. E assim, de maneira tão direta.
Primeira vez que visito este blog , ahh...concerteza vou voltar aqui :)

sábado, 16 de setembro de 2006 às 08:44:00 BRT  
Blogger Lunna Guedes disse...

E será que em algum momento, sabemos mesmo onde queremos chegar? Quando escrevemos, caminhamos, seguimos... Acho que nunca estamos certo quanto ao lugar onde queremos chegar...
O importante é a eterna possibilidade.
Gostei de estar aqui... A possibilidade da volta, me fascina.
Um abraço

sábado, 16 de setembro de 2006 às 23:20:00 BRT  
Blogger Samadhi: disse...

engraçado tem uma Luna aqui que assina quase igua Iúna.
O silêncio pode ser corrosivo, derretendo o coração de quem lhe ama, expressando a mais dura indiferença.

domingo, 17 de setembro de 2006 às 00:07:00 BRT  
Blogger douglas D. disse...

e o silêncio que trazes palavras que te poetam é singular.
(belo! de encher os olhos!)

domingo, 17 de setembro de 2006 às 21:50:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

Oi nando! Não resisti e coloquei um pedacinho deste teu poema no meu flog:http://ubbibr.fotolog.com/cheirodeflor.Espero que tu não se importes!Um beijo!

segunda-feira, 18 de setembro de 2006 às 02:09:00 BRT  
Blogger douglas D. disse...

permita-me...linkei você!

terça-feira, 19 de setembro de 2006 às 00:58:00 BRT  
Blogger hfm disse...

Obrigada pela visita. Gostei destas palavras onde não encontrei rascunhos mas poesia.

terça-feira, 19 de setembro de 2006 às 08:05:00 BRT  
Blogger Rayanne disse...

Segui as suas palavras na volta e me encantei aqui. Um canto azul como o meu, e tão repleto de gritos silenciosos. As palavras escorrem macias no leito dos teus versos.
A sua visita será sempre bem vinda.


**Estrelas**

terça-feira, 19 de setembro de 2006 às 09:25:00 BRT  
Blogger Lubi disse...

Ah, Fernando, só o silêncio entre uma palavra e outra é nosso natural. O respirar. O resto, letras, pontos, vêm de outros.
Muito obrigada pela visita, pelas palavras.
Beijo.

terça-feira, 19 de setembro de 2006 às 09:38:00 BRT  
Blogger Luana disse...

"Só o silêncio é original" foi de lascar!! Adorei tudo isso... :)

Muito obrigada pela visita... Gostei muito daqui e voltarei sempre... Vou linkar você, tudo bem? :)

Beijinhos...

terça-feira, 19 de setembro de 2006 às 12:53:00 BRT  
Blogger Luzzsh disse...

Oi Fernando,

"O silêncio é original". Concordo...Qto a nós, nós vamos é brincando, reinventando o novo-antigo que já foi dito outrora com as mesmas outras palavras...Bjs.

terça-feira, 19 de setembro de 2006 às 13:28:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

hola fernando, yo tambien me llamo palma.
estaba buscando el mombre de mi padre y su apellido, y me sales tu, con el mismo nombre y su apellido.
si quiere ponte en contacto conmigo, te he agregado a mi MSN
un abrazo

terça-feira, 19 de setembro de 2006 às 17:13:00 BRT  
Blogger Rubens da Cunha disse...

Fernando, obrigado pela Visita,
fico contente que vc tenha voltado a postar e poemas tão bons.
abraços
Rubens

terça-feira, 19 de setembro de 2006 às 20:17:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

Silencio e a alma sussurra.
Há caminhos nas palavras, exatidões, como na vida, quase nunca.
Beijomeu.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006 às 00:50:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

Fernando,
somente o vazio não tem um dono.O resto é criação de alguém.
Você escreve de maneira incrível! Estou encantada. Um beijo Ana!

quarta-feira, 20 de setembro de 2006 às 07:59:00 BRT  
Blogger Pat Vieira disse...

Obrigada pela visita.
Belo blog o teu!
Voltarei mais vezes.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006 às 09:59:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

e ele... re ver be ra...
beijo
Valéria

quarta-feira, 20 de setembro de 2006 às 14:42:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

Isso é o que se pode chamar de Um Senhor Poema. Só mesmo o silêncio é original, o resto é plágio, ou quase. Um abração.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006 às 04:58:00 BRT  
Blogger Lua em Libra disse...

"Inveja o ausência. Somente o vazio não tem um dono."

Eu também, poeta. Eu também.

Bravo!

Cecilia

quinta-feira, 21 de setembro de 2006 às 15:24:00 BRT  
Anonymous Anônimo disse...

Poutz. Massa Fernandão!!

Leo

quinta-feira, 1 de outubro de 2009 às 17:35:00 BRT  
Blogger Elias poeta disse...

poh!@#$$%%

sábado, 5 de maio de 2012 às 13:20:00 BRT  

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