Pequenos Poemas - VI
O Órfão
Quando escrevo
não sei onde chegar.
Percebo o ponto
ao ultrapassa-lo.
O excesso me equilibra.
Reflito-me nos
espaços vazios
entre os poemas.
Nunca nos versos.
Invejo a ausência,
somente o vazio não tem um dono.
O resto é criação de alguém.
Incansável,
procuro pelas palavras
que me inventaram.
Sou órfão de letras.
Desconfio da expressão correta,
do poema exato.
A escrita engana,
inexiste palavra verdadeira.
Como encontrar uma copia fiel?
Como imitar com perfeição?
Tudo que escrevemos e falamos
é imitação.
Só o silêncio é original.
Ps: este poema está em minha comunidade do orkut, foi escrito em Agosto de 2006 e postado novamente neste blog
Marcadores: pequenos poemas, pequenos poemas para msn, poemas de auto conhecimento, poemas pequenos para orkut
24 Comentários:
Olá Fernando...
Puxa, você não imagina como fico feliz com a sua volta. Gosto muito de ler o que você escreve.
Obrigado pela visita.
Abraços e força sempre!
Eita! Este rapaz está evoluindo tanto na poesia que daqui a pouco vira um ex-man, de tanta evolução! Quero ver o dia em que vou ler esses poemas impressos, hein? beijos!
é o no silêncio que vem à tona o que nos falta na voz.
Muito bom o que vc escreve!
Sou poema traduz a umas busca não só tua, mas de todos os poeta. E assim, de maneira tão direta.
Primeira vez que visito este blog , ahh...concerteza vou voltar aqui :)
E será que em algum momento, sabemos mesmo onde queremos chegar? Quando escrevemos, caminhamos, seguimos... Acho que nunca estamos certo quanto ao lugar onde queremos chegar...
O importante é a eterna possibilidade.
Gostei de estar aqui... A possibilidade da volta, me fascina.
Um abraço
engraçado tem uma Luna aqui que assina quase igua Iúna.
O silêncio pode ser corrosivo, derretendo o coração de quem lhe ama, expressando a mais dura indiferença.
e o silêncio que trazes palavras que te poetam é singular.
(belo! de encher os olhos!)
Oi nando! Não resisti e coloquei um pedacinho deste teu poema no meu flog:http://ubbibr.fotolog.com/cheirodeflor.Espero que tu não se importes!Um beijo!
permita-me...linkei você!
Obrigada pela visita. Gostei destas palavras onde não encontrei rascunhos mas poesia.
Segui as suas palavras na volta e me encantei aqui. Um canto azul como o meu, e tão repleto de gritos silenciosos. As palavras escorrem macias no leito dos teus versos.
A sua visita será sempre bem vinda.
**Estrelas**
Ah, Fernando, só o silêncio entre uma palavra e outra é nosso natural. O respirar. O resto, letras, pontos, vêm de outros.
Muito obrigada pela visita, pelas palavras.
Beijo.
"Só o silêncio é original" foi de lascar!! Adorei tudo isso... :)
Muito obrigada pela visita... Gostei muito daqui e voltarei sempre... Vou linkar você, tudo bem? :)
Beijinhos...
Oi Fernando,
"O silêncio é original". Concordo...Qto a nós, nós vamos é brincando, reinventando o novo-antigo que já foi dito outrora com as mesmas outras palavras...Bjs.
hola fernando, yo tambien me llamo palma.
estaba buscando el mombre de mi padre y su apellido, y me sales tu, con el mismo nombre y su apellido.
si quiere ponte en contacto conmigo, te he agregado a mi MSN
un abrazo
Fernando, obrigado pela Visita,
fico contente que vc tenha voltado a postar e poemas tão bons.
abraços
Rubens
Silencio e a alma sussurra.
Há caminhos nas palavras, exatidões, como na vida, quase nunca.
Beijomeu.
Fernando,
somente o vazio não tem um dono.O resto é criação de alguém.
Você escreve de maneira incrível! Estou encantada. Um beijo Ana!
Obrigada pela visita.
Belo blog o teu!
Voltarei mais vezes.
e ele... re ver be ra...
beijo
Valéria
Isso é o que se pode chamar de Um Senhor Poema. Só mesmo o silêncio é original, o resto é plágio, ou quase. Um abração.
"Inveja o ausência. Somente o vazio não tem um dono."
Eu também, poeta. Eu também.
Bravo!
Cecilia
Poutz. Massa Fernandão!!
Leo
poh!@#$$%%
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