A História do Poeta Bom-De-Briga.
Escolheu a palavra como defesa pessoal. Aprendeu a dar os primeiros golpes ainda na infância, usando seus cadernos-sacos-de-pancada, guardados no ringue secreto do quarto. Criou a mais complexa arte das imobilizações metafóricas, inspirações herdadas por ascendência familiar, nomes consagrados. Nunca fazia demonstrações em publico, mas era conhecido em todos lugares pelas habilidades quase sobre-humanas de violência textual. Intocável, seguia com esmero de si palavreando risos, mas deixava sempre caneta afiada nas pontas dos dedos, arma nobre disposta a qualquer imprevisto poético ou até mesmo para o cotidiano. Derrubou a dor a pancadas paradoxais, matou friamente o medo da reprovação-poética com agressões metalingüísticas. Desafiou os mais temidos inimigos pessoais e ante-literários. Quando vieram as paixões escolheu os versos, quando a solidão, a prosa.
Um dia, tentou fazer um pouco de silêncio e foi assassinado.
Escrito em Setembro de 2006
Escrito em Setembro de 2006
Marcadores: pequenos textos, poemas de auto conhecimento, textos poeticos
24 Comentários:
Primeironaaaa!!! Eeeeee... Nando querido, fico feliz demais que tenha voltado a postar! Já me considero sua amiga-fã e saiba que seus rascunhos têm amadurecido e progredido muito ao longo desse tempo. "Bão demais da conta" ter voltado a ativa e compartilhar suas prosas e versos conosco. Sou sua incentivadora e conte sempre comigo! Bjim! Dani.
Fernando, obrigada pela visita lá. Passei bons momentos aqui te lendo. Deixo beijo.
palavra como defesa, eu me defendo de mim mesma, quando escrevo.
Bjo
Que lindo texto, Fernando... me perdi na falta de palavras... ;o)
de volta!
fico feliz e poder te ler novamente. por que havia sumido?
abraço,
edu
Oi Nando,
Muito belo seu texto, poético e extremamente criativo, fiquei fascinado ao lê-lo. Porém discordo quanto o poeta assassinado, quem estar morto não escreve tão divinamente.
O poeta estar mais vivo do que nunca teve.
Quero ver o seu livro publicado.
Continue brilhando e nos iluminandos meu querido poeta.
Muita paz e serenidade, abração, Arilson
Bem Vindo a evolução...
Obrigado por enobrecer uma velha mente jovem com suas palavras...
Um Abração
Creio e descreio com alternância e, de alguma forma, procuro expressar isto nos blogs. Talvez por isso eu tenha mais de um...
abs.
Fantástico!
Beijinhos...
:)
Fernando,
gostei, gostei, gostei. Quero te ler mais, estou voltando de um silêncio suicida. Ando aos poucos. Parabéns. Abraço.
Impressionada com a imaginação!
Um beijo!
Assassinado por ser um estuprador de palavras...esse não merecia!
Obrigada pela visita e palavras encantadas para mim, seja bem vindo e volte quando tiver vontade.
lindo dia
beijossssssss
Decidi visitar alguns blogs e acabei te descobrindo. Estava em busca de algo novo e com conteúdo. Gostei muito do que vi e voltarei mais vezes sem a menor dúvida. Deixo registrado que ter sua visita em minha estação será um grande prazer.
Permita-me deixar algumas folhas secas pelo teu chão e breve estarei passeando em tuas letras novamente.
Simplesmente Outono.
Hehheh... Concordo com você... arma branca é demais (sugere um bom tema). Valeu pelo comentário, adorei seu cantinho... com mais tempo leio tudinho...
Seu texto é muito bacana!
Beijo!
Fascinante Fernando! Já sou fan da tua escrita !!!! Continue a brigar bem!
Curioso isso.
Gostei de seu texto, mas acho que ainda não posso comentá-lo. Gostei do seu estilo, mas há algo por trás que eu ainda não reconheci...
Estou voltando de um silencio de palavras e almas... Andei perdida em minhas esquinas e vilas e agora que me encontrei, preciso me adaptar ao que sou... E parar de me reconhecer nas entrelinhas ou de reconhecer a outros que as vezes sou eu mesma.
Um abraço.
Luna
volto aqui mais vezes.
abraço.
Caneta afiada como arma é o tiro certo às palavras. Às suas palavras. Grato por sua visita no Riodaqui - Abraço aí - Paulo Vigu
Obrigado pela visita.
Um texto interessante. Tomei nota de: 'Quando vieram as paixões escolheu a poesia, quando a solidão, a prosa'. Um raciocínio interessante.
Saudações para o Brasil.
Manuel
Aeeeeee... Billy fico muito feliz em saber que voltou a escrever e segundo que continua sendo simples e direto em tudo que vc escreve.
Um abraço Plinty e pode deixar que quando chegar em SSA vms combinar umas doses de Black (risos)
Esdras
ou suicidou-se?
Interessante. Escreveu momentos antes de nos conhecermos =)
AMO VC.
Muito bom, belas metáforas, gostei bastante.
http://poetificar.blogspot.com
Essa metáfora é excelente todo poeta tem que ser bom de briga e não calar-se jamais....
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