Leila escreveu pra mim
O texto original - com imagem - está no site Focando
Um dia inteiro e sua claridade para curar dores, pequenos gestos a preencher vazios. Ninguém se mostra, o padrão ordena olhos pesados e tempo escasso.
Algum presságio resta. Inexiste compreensão fácil. Neste sinal não há mesquinhez, nenhuma mácula no papel invisível. São poucos os avisos claros, e nem sempre há quem ouça o momento ou quem divida o conselho sagrado. Um desconforto e normas costumeiras já estabelecidas.
Lindo o dia e uma voz leve em meus devaneios, sinal de esperança que sorri, e é injusto não registrar certas passagens da vida.
Presença nova, o mesmo que uma janela solitária, entreaberta, antiga, esperando alguém abrir por completo e respirar o sol da manhã.
São tuas palavras mansas provando que há equilíbrio, insinuando um tempo melhor, compensação de males. É doce o olhar deste moço de palavras sutis, enverdecidas, interrompem um gesto mais rude, apaziguam o espaço, embaraçam a solidão, e melhor, emprestam sentido às faltas mórbidas."
Fernando
"É fácil ser um paradoxo, ser outra pessoa, quando o cotidiano fecha o cerco e conduz a um beco sem saída. Desviar-se dos detalhes é mais complexo, desviar-se do mundo, olhar de cima, dono de asas...Um dia inteiro e sua claridade para curar dores, pequenos gestos a preencher vazios. Ninguém se mostra, o padrão ordena olhos pesados e tempo escasso.
Algum presságio resta. Inexiste compreensão fácil. Neste sinal não há mesquinhez, nenhuma mácula no papel invisível. São poucos os avisos claros, e nem sempre há quem ouça o momento ou quem divida o conselho sagrado. Um desconforto e normas costumeiras já estabelecidas.
Lindo o dia e uma voz leve em meus devaneios, sinal de esperança que sorri, e é injusto não registrar certas passagens da vida.
Presença nova, o mesmo que uma janela solitária, entreaberta, antiga, esperando alguém abrir por completo e respirar o sol da manhã.
São tuas palavras mansas provando que há equilíbrio, insinuando um tempo melhor, compensação de males. É doce o olhar deste moço de palavras sutis, enverdecidas, interrompem um gesto mais rude, apaziguam o espaço, embaraçam a solidão, e melhor, emprestam sentido às faltas mórbidas."
Leila Lopes 27/09/2005
Marcadores: pequenos textos, textos poeticos
10 Comentários:
Menino da voz leve,
meus olhos cansados agradecem pelo pouso agradável aqui nos seus Rascunhos...
Suas palavras mostram tanto da vida e conduzem por um caminho antes apenas imaginado e revelam o que tantas vezes ignoramos na nossa cegueira diária.Obrigada pelo seu olhar atento e que lindo seja o nosso caminho partilhado.Beijo meu.
Lindo texto.
Leiluka é assim: uma lente de olho vivo, virgem. não se ocntamina. não se distorce. não contempla vazio porque não existe para quem olha assim. belo é ter mesmo onde pousar o olhar. como aqui. deixo meu beijo aos dois. DD
que bunito!
concordo com ela em tudo...
aliás, escreve lindo a menina Leila!
E daí cara!
Passei aqui pra te dar um oi.
CC.
Lindo!
Boa semana!
Continua a sorrir...
Obrigado pela visita!
Isso aqui é quase relatos; veridicos; gosto disso...
abraços! volto depois.
Constantemente me deparei/deparo em situação semelhante; embalo meu:
o doce ser paradoxo, o sentir de vivenciar um 'eu' modificado, mera ilusão do adaptar-se a uma situação vigente...
Constantemente vejo esses olhos vagos e pesados: é o sono que me embala ou uma conformidade que não se apaga; não muda?!
Há poucas janelas que se entreabriram pra minha pessoa, poucas mais intensas de luz e calor amigável: presenças novas em tempos de medos pessoais e solidões dilacerantes...
Percebo em você o acalento - bem-vindo da doce esperança - que concebe luz ao dia já cinza dela; e isso é sublime!
Um paradoxo.Um eterno e constante paradoxo.è o que nós somos.Tú,eu,nós todos.Nesse ato continuo de mutação,nessa tentativa perene de nos tornarmso pessoas melhores.beijo!
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