Brinquedo de criança
Nunca segui receita alguma, escolho apenas ingredientes. Misturo e observo os resultados. Faço tudo que me ensinaram que é errado e , finalmente, descubro um erro. Ou não. Odeio regras . Nunca gostei me Manual de Instruções: quando pequeno, preferia ficar bulindo no brinquedo novo até que aprendesse, sozinho a jogar. Eu sempre achava mais divertido assim, e continuo achando hoje. Tinha jogos que eu acabava encontrando uma maneira diferente de brincar, aprendi muito isso. Às vezes, a coisa errada é , justamente, a certa a se fazer. O certo de vez em quando é chato demais, não agrada, é errado. Tem momentos na vida que o arriscar é não arriscar. Permanecer o tempo inteiro sem correr riscos que é perigoso demais. Havia jogos que não sabia por onde começar a brincar, complexos. Mas nem sempre a gente pode começar tudo pelo começo, deve-se aprender também a fazer sentido do meio por fim. Ou, de repente, saber fazer também sem ter final previsto. Eu não sabia como iria terminar este texto quando comecei a escrever. Na verdade, foi uma surpresa perceber que estava terminando. Eu também sou assim, não conheço todas minhas regras: me escondo algumas pra ir descobrindo depois. Um truque antigo, da minha imaginação.
Marcadores: pequenos textos, poemas de auto conhecimento
1 Comentários:
Realmente, a perfeita descrição do jeito Fernando de ser. Ele faz tanto o que é errado que até o meu sobrenome não aprendeu até hoje a escrever certo. rs. Mas o texto tá perfeito.
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