Leila escreveu pra mim
Um dia inteiro e sua claridade para curar dores, pequenos gestos a preencher vazios. Ninguém se mostra, o padrão ordena olhos pesados e tempo escasso.
Algum presságio resta. Inexiste compreensão fácil. Neste sinal não há mesquinhez, nenhuma mácula no papel invisível. São poucos os avisos claros, e nem sempre há quem ouça o momento ou quem divida o conselho sagrado. Um desconforto e normas costumeiras já estabelecidas.
Lindo o dia e uma voz leve em meus devaneios, sinal de esperança que sorri, e é injusto não registrar certas passagens da vida.
Presença nova, o mesmo que uma janela solitária, entreaberta, antiga, esperando alguém abrir por completo e respirar o sol da manhã.
São tuas palavras mansas provando que há equilíbrio, insinuando um tempo melhor, compensação de males. É doce o olhar deste moço de palavras sutis, enverdecidas, interrompem um gesto mais rude, apaziguam o espaço, embaraçam a solidão, e melhor, emprestam sentido às faltas mórbidas."
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